sexta-feira, 17 de maio de 2013

A Descoberta de Lamarck

Há séculos, os cientistas buscam respostas para a pergunta: “De onde viemos?”. Neste sentido, personagens importantes marcaram seus nomes no cenário científico por suas teorias e pensamentos evolucionistas. Entre estes estudiosos, o francês Jean-Baptiste Lamarck teve grande destaque nos primeiros estudos aceitos sobre a evolução humana.
Lamarck nasceu há exatos 267 anos. Apesar de este ser um pequeno espaço de tempo quando falamos em evolução, sem dúvida, em termos de pesquisas e avanços tecnológicos, estes dois séculos determinaram e aperfeiçoaram as respostas de origem procuradas por Lamarck.
Quando falamos de evolução, provavelmente o primeiro nome que nos vêem a cabeça é Charles Darwin e a teoria da seleção natural (aceita até hoje). Porém, foi Lamarck que personificou as ideias pré-darwinistas sobre a evolução.
As teorias de Lamarck influenciaram os estudos evolucionistas desenvolvidos por Charles Darwin. Mais tarde, na segunda metade do século XX, com as descobertas genéticas e de hereditariedade, principalmente relacionadas ao DNA, as pesquisas lamarckianas foram invalidadas.

Philosophie Zoologique

A grande obra-prima de Jean-Baptiste Lamarck foi o livro Philosophie Zoologique, publicado em 1809. No livro, Lamarck sugere que alterações ambientais traziam necessidade de mudanças de hábitos nas espécies, que, em longo prazo, tornavam-se modificações nas estruturas físicas também. Esta é a base da teoria evolucionista de Lamarck e, desta forma, o francês criou duas suposições: a Lei do Uso e Desuso e a Lei dos Caracteres Adquiridos.

Lei do Uso e do Desuso

A teoria é simples. Segundo Lamarck, os órgãos que não são utilizados ou são pouco utilizados se atrofiam com o passar do tempo. Conforme a espécie evolui, o órgão vai perdendo suas funções até desaparecer completamente, eventualmente. Costumam a citar como exemplo o apêndice no corpo humano, que deixou de ter uma função fundamental para o organismo e, ocasionalmente, algumas pessoas nascem sem o órgão.
A premissa inversa é a mesma. Quanto mais um órgão é utilizado mais forte ele se torna ao longo da evolução. O exemplo costumeiramente utilizado está relacionado à alimentação das girafas. Estima-se que há milhares de anos atrás, os pescoços das girafas não fossem tão longos. Porém, com a necessidade de alcançar grandes alturas para a obtenção de alimento, a cada geração o pescoço aumentava e se tornava mais forte.
Lei dos Caracteres Adquiridos
Basicamente, Lamarck afirmava que o meio-ambiente condiciona a evolução dos seres vivos. Desta forma, as espécies transmitiam suas modificações (pelo uso e pelo desuso) paras seus descendentes. Isso quer dizer que as conquistas genéticas dos pais seriam passadas para o filhos. A evolução nada mais seria do que uma adaptação dos seres vivos ao ambiente, transposta através das gerações com transformações orgânicas, comportamentais e estruturais.
As novas espécies apareceriam, portanto, devido a aquisição ou perda de caracteres.
Curiosidades e Pesquisas
Termos como invertebrados e biologia foram introduzidos na ciência pelo naturalista francês.
Até 1800, Lamarck acreditava que as espécies eram imutáveis. Foi o seu trabalho com moluscos na Bacia de Paris que o dissuadiu e o convenceu da transmutação das espécies.
Segundo Lamarck, patos e outras aves aquáticas adquiririam as membranas entre os dedos por conta do importante uso durante a natação.

As cobras teriam evoluído de ancestrais que tinham pernas ligadas a corpos curtos. Por causa da modificação do ambiente e da necessidade de subir em árvores, por exemplo, rastejar era mais interessante.
A teoria de uso e desuso de Lamarck é válida em várias situações. Esta é uma explicação bastante plausível para o que acontece com as pessoas que malham. Através do uso repetitivo dos músculos, eles se tornam mais fortes. Da mesma forma que o não uso de algum membro como braços e pernas podem causar atrofia. Por nenhuma dessas condições será transmitidas aos seus descendentes, o que anula a teoria dos caracteres adquiridos.

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